Um operário da empresa R.V.S Construções, contratada pela empresa Basevi, se acidentou gravemente durante a remoção de rochas do local escavado para a construção das galerias de águas pluviais, no método Tunnel Linner, na Rua 8 do Setor Habitacional Vicente Pires. No momento do acidente, três operários trabalhavam no local, quando um material utilizado para a implosão das rochas acabou explodindo acidentalmente. Todos usavam equipamentos de proteção individual.
Antônio Gomes do Nascimento, 41 anos, deu entrada no Hospital de Base consciente, orientado e estável. Após a realização de exames, foi constatado que o operário teve lesão nos dois olhos e múltiplas fraturas nos braços e pernas com indicação cirúrgica. No momento, o estado de saúde dele é considerado gravíssimo. Os demais operários sofreram apenas escoriações leves.
“O que sabemos até o momento é que o Antônio trabalhava na fragmentação de rochas utilizando um equipamento conhecido como martelete. A vibração e o aquecimento provocado por esta ferramenta podem ter desencadeado a explosão que o feriu gravemente. Importante ressaltar que não houve queda, conforme divulgado por alguns órgãos de imprensa. Os três operários estavam dentro do túnel quando do incidente”, explica o Secretário de Obras, Luciano Carvalho.
“Designei um servidor para acompanhar de perto toda a situação do Antônio. Além disso, representantes da empresa Basevi estão a postos para prestar toda a assistência necessária ao operário acidentado e seus familiares”, acrescenta o secretário.
Método Tunnel Liner
O sistema tunnel liner é um método de construção não destrutivo adequado para a realização de obras em diversos tipos de solos subterrâneos e costuma ser utilizado, especialmente, para a construção de galerias de águas pluviais, de redes de esgoto e passagens de cabos de telefonia, entre outros.
Durante a execução de tunnel liner, que se inicia através de uma estrutura progressiva, a escavação do solo é feita manualmente ou com o uso de equipamentos automatizados. No caso de Vicente Pires, em virtude do solo rochoso, é necessária a utilização de explosivos para que a rocha seja implodida e retirada, permitindo a continuidade dos serviços. Essa rede de drenagem vai coletar as águas pluviais dos condomínios e comércios das ruas 7, 8, 10 e da avenida principal da Vila São José. Estão sendo investidos aproximadamente R$ 16 milhões para a construção desse sistema, com extensão de 1.457,5 metros.
“Esse tipo de obra segue rigorosos protocolos de segurança e sua execução foi autorizada pelos órgãos competentes”, explica o engenheiro Ricardo Terenzi, subsecretário de acompanhamento e fiscalização de obras do DF.